Palestra (2ª Parte)

Às 15:20 a 2ª parte da palestra (desta vez MC K ja n estava ao lado de DJ Samurai) começou com o tema Underground vs. Comercial. "Underground, termo praticamente desconhecido em Luanda. Há quem pense que Underground é andar mal vestido e com cabelos no ar, q um som pra ser underground tem que ser pesado, outros pensam q é falar de galáxias e outros mundos, pode ser mas isto não é a definição, tudo isto é estupidez e só demonstra o fraco conhecimento q as pessoas tem sobre a cultura hip hop, basicamente o termo underground tem o mesmo significado q hip hop, é um estado de espírito, e saber viver, apreciar e contribuir para o desenvolvimento do hip hop como movimento cultural...", "No mundo comercial primeiro está o dinheiro e a promoção q de certo modo vem deturpar a verdadeira essência do hip hop. Normalmente o artista comercial é corrompido na sua criatividade artística e sua propria forma de expressão por fama e dinheiro perdendo muitas vezes o respeito por akeles q percebem de hip hop. Mostrando q ainda existe uma comunidade q está no hip hop somente por amor a cultura surge o undergound. Ambiente caracterizado por elementos com bastante força de vontade, com prazer de trocar impressões com outros hip hopers seja em batalhas, palestras, concertos, etc onde o hip hop pode ser vivido. Quase sempre o artista under lança os seus trabalhos independentemente, é responsavel por todos custos de seu trabalho e raramente consegue alcançar grandes massas e outros assinam com pequenas editoras independentes, e o que acontece + tarde com alguns é que vem a ser estrelas no mundo comercial, mas apesar do seu sucesso comercial muitos artistas mantem a sua identidade underg". DJ Samurai deu dpois o exemplo de Mos Def, Talib Kweli. Gangstarr, Company Flow, Common Sense e Pharoah Monch. Nestes dois mundos existem os fracos 100 talento e fortes nos dois mundos (underground & comercial). O facto de ser underground não quer dizer q seja forte. "Em Luanda a coisa está de patas pro ar, a maioria alem de não se esforçar e conhecer + da arte q se expressa, entregam-se ao mundo comercial por motivos q nem eles sabem, aqui os hip hoper pode tirar o cavalinho da chuva pq ninguem vai ficar rico rappando. Os únicos motivos q vejo pra tais artistas fazerem sons comerciais sem consciência são a fama, as damas, ou são mentalmente ou intelectualmente carentes pra poder viver no underground. Houve algumas intervenções sobre isso. Uma delas foi a de alguem q disse q underground não é estilo, estilo é hardcore underground.

No tema hardcore houve makas com a fita mas o q eu me lembro é q segundo as palavras de DJ Samurai o estilo hardcore é um estilo q vai contra os valores morais, exemplos de Lil Kim e NWA. Sobre esse assunto alguém perguntou onde vamos por o gangsta rap. "Quando ouvi falar sobre os NWA sempre ouvi q era um grupo de gangsta rap, prostitutas, armas, etc. E sempre ouvi q hardcore é um estilo de rap relacionado à educaçao social. 

Depois disso veio a secção dos conselhos. Para MC's: devem investir no saber, ler muito e apresentar conhecimento de literatura em geral, estará + rico em pensamento, aumentará o vocabulário, e estará menos limitado nas suas composições líricas. O DJ deve praticar e conhecer o maior número de técnicas possíveis, tentar arranjar forma de encontrar discos viny's, estar atento a evolução tecnológica e se possivel ter um local onde possa trabalhar e trocar impressões com outros DJ's. O graff writer deve tentar informar-se sempre q possivel sobre o estado actual do graffiti, conhecer o trabalho de outros artistas, seguir a evolução e criar o seu proprio estilo. Saber q tipo de latas e bips usar e comprar os da sua preferência. Os B Boys devem ter em mente q nada se consegue sem trabalho. Tentar aranjar videos de campeonatos pra saber o estado mundial do hip hop. Foi assim o final dos pensamentos de DJ Samurai. Depois disso muita gente quis falar.

Intervenção: "Sobre o vocabulario, o MC deve usar palavras conhecidas pelo povo e não palavras tiradas de São Cipriano. Usar a nossa lingua e até mesmo o kimbundu...".
Intervenção: "pips como o Fatha Mack, Warrant B, SSP estão em vantagem porque são ouvidos, e isto tudo por culpa dos underground. Pq muitos se preocupam em apontar o dedo aos erros dos outros em vez de fazerem akilo q chamam de hip hop".
Alguém que também interviu disse que quando estamos perante a imprensa não nos parecemos com verdadeiros MC's como quando estamos no palco. Queremos levar o cabelo bonito, brinco, etc. "Também considero o hip hop cultura seria demais pra deixar na mão dos comerciais" complementou o indivíduo.
O mesmo man q falou de hardcore underground como estilo voltou pra dizer que RAP não se resume em Arte e Poesia, RAP e Revolução dos Povos Africanos (Ravolution of African People). Falou também dos graffitis expostos no workshop que estão no hip hop como movimento cultural e não tem mensagem alguma. 


As intervenções foram muitas e eu estou cansado ya!!! Vou apressar isso.

Foi também dito o seguinte:
"Existem undergrounds que apenas criticam. Eles devem dizer q você é isto isto isto e tem q ser assim assim assim";
"O vocabulário é importante porque o rap é ritmo e poesia e poesia pertence a literatura assim como o rap. Antes de fazer poesia devesse conhecer os vários modos literários (metáforas e outros).
A única menina q interviu disse q o hip hop em Luanda ou angola está evoluindo mas as mulheres estão sempre atras. Os homens devem ajudar a mulheres a tirar akele espírito de inferioridade e de achar vergonhoso. Disse também q não gostou do papel q afrodite fez no programa janela aberta da TPA porque ela estava muito calada e por isso estava lá pra dar uma força à Afrodite. (Afrodite levantou e foi ao palco pra se defender).
Afrodite defendeu-se dizendo q foi convidada pra falar sobre o hip hop feminino e q ela n iria fazer papel de parva (aplausos) porque pensou q havia de encontrar meninas mas encontrou SSP, Margareth de Rosário, Gingas, etc q não entendem nada de rap. (nessa altura o o man do mic começou a bater um beat e não deixou ouvir nada, porra.

[Excerto mp3 8kbps]


Já no fim um man ficou a tentar falar bué mas ninguem lhe ouviu. hehehe.
No fim da palestra o mic foi controlado por Afrodite que começou a cantar uma música q tupo vai estar no EP dela, daquelas músicas q falam da mulher não ser objeto e quê e tal. Eram 16h15 e dpois disso mta musicaaaaaa, misturas e scratchs de DJ Samurai. Havia também no recinto uma exposição de artesanato mas não obtivemos  nenhuma info sobre isso. Estávamos a guardar o lugar. 

[Essa entrada nos matou mp3 8kbps]

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